terça-feira, 21 de julho de 2009

Por que tantos jovens são assassinados no Brasil!

da Folha Online
Durante dois anos, um ex-pichador chamado Djan ajudou a produzir a mais completa investigação sobre o universo clandestino da pichação, resultando num documentário ainda inédito no Brasil. Nunca se conseguiram imagens tão íntimas dessa tribo urbana, inclusive das invasões da Bienal e da Faculdade Belas Artes --coloquei trechos do documentário no Catraca Livre. Esse documentário ajuda a entender pesquisa que acaba de ser divulgada pelo Unicef sobre o assassinato de adolescentes no país. O que se vê no documentário é como as mais variadas formas de violência como a falta de escola, de cultura, de lazer, de emprego, acabam gerando uma falta de perspectiva --e, nessa falta de perspectiva, combinada com a sensação de impunidade, está a raiz. As periferias são usinas de marginalidade justamente porque não produzem perspectivas, o que impede os indivíduos de desenvolverem uma identidade e de se expressarem. No documentário, vemos que o motor do pichador é, de forma selvagem e violenta, escapar do anonimato e da invisibilidade. Isso acaba explicando por que somos cada vez mais violentos --e nossas cidades (e almas) cada vez mais pichadas.
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Produzido por João Wainer e Roberto Oliveira, o documentário "Pixo" é uma das melhores reportagens investigativas que já vi sobre a exclusão na cidade de São Paulo. É daquelas obras que ficarão na história por revelar a alma de uma cidade.

Gilberto Dimenstein, 52, é membro do Conselho Editorial da Folha e criador da ONG Cidade Escola Aprendiz. Coordena o site de jornalismo comunitário da Folha. Escreve para a Folha Online às segundas-feiras. E-mail: palavradoleitor@uol.com.br

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Polícia Federal desmantela rede internacional de prostituição

Rio de Janeiro, 15 jul - A Polícia Federal (PF) anunciou hoje o desmantelamento de uma rede internacional que enviava prostitutas brasileiras à Itália. Foram detidas seis pessoas no Brasil e outras duas na Itália, em coordenação com a Polícia italiana, segundo informaram porta-vozes da PF. Desde o início do ano, quando começou a operação de vigilância, pelo menos 12 brasileiras foram enviadas à Itália, relatou o chefe da delegacia de Defesa Institucional da PF, Leonardo Rabello. Além das mulheres, o grupo também enviava à Itália travestis. Todos eles eram obrigados a pagar 12 mil euros pelos serviços oferecidos pela organização criminosa. Segundo Rabello, todas as pessoas enviadas ao exterior sabiam antecipadamente o trabalho que fariam. Das seis detenções feitas no Brasil, quatro foram no Espírito Santo, que era o centro de operações do grupo, e outras duas no Rio de Janeiro.

Polícia Federal desmantela rede internacional de prostituição