segunda-feira, 5 de julho de 2021

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Bolsonarista amigo é assim!

Crime de rico é legal


sexta-feira, 26 de julho de 2019

Destemperado, Ciro decide agredir Haddad

Ciro Gomes e Fernando Haddad


O ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) afirmou que o governador da Bahia, Rui Costa (PT), é mais qualificado que o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad para disputar a presidência em 2022; “Não estou falando que o Haddad é uma má pessoa, ele é boa pessoa, mas ele perdeu a reeleição para prefeito de São Paulo para o João Doria, que é um grande farsante', disse

terça-feira, 22 de maio de 2018



Os erros e acertos do PT
De: Aldo Fornaziere - Publicado originalmente no www.brasil247.com.br
O PT está certo em manter a candidatura Lula. A correção dessa tese se deve a alguns motivos: cabe ao Judiciário, arbitrário e persecutório, excluir Lula das eleições e não ao seu partido. Seria faltar com o dever da lealdade o PT excluí-lo. Ademais, se o Judiciário (incluindo a Justiça Eleitoral) é golpista, como de fato o é, é preciso confrontá-lo, tensionar o seu arbítrio até o limite. Manter a candidatura Lula representa uma tática correta para pressionar pela sua liberdade. Por fim, existe uma possibilidade, embora remota, que se consiga manter o registro da candidatura e o nome de Lula na urna eletrônica, fator que poderia representar a sua libertação e a vitória eleitoral e um estancamento da destruição do Brasil.
Mas a arte da política não é igual a uma soma matemática. A política é cheia de paradoxos, onde os pares antinômicos trocam a todo o momento de posições. O PT erra quando mantém a candidatura Lula a seco, sem ocupar espaços políticos e eleitorais no presente e sem construir uma alternativa diante da possibilidade de insucesso da manutenção e do registro da candidatura de Lula. Essa construção implicaria que se indicasse um candidato a vice desde já para que ele ocupasse os referidos espaços e apresentasse o programa do que Lula fará no governo, potencializando a luta pela sua liberdade e pressionando o Judiciário. Os políticos prudentes são aqueles capazes de antecipar o advento das adversidades futuras e de agir no presente ou para evitá-las ou para reduzir os seus efeitos danosos. E são aqueles que sabem medir as consequências de cada decisão e de cada ato político, adotando providências em relação a elas.
A direção do PT não vem sabendo conduzir o partido, a militância, os simpatizantes e os seus eleitores. Ela vem fomentando a tese despolitizada do Lula ou nada. Esta tese significa o seguinte: caminhar com Lula até o fim, mesmo que ele esteja excluído das eleições pelo Judiciário, o que equivale dizer que se a candidatura Lula for legalmente inviável será transformada numa anticandidatura. Anticandidatura é abstencionismo eleitoral, ao menos para as eleições presidenciais.
Se a anticandidatura é uma opção, a direção do partido precisa anunciá-la para que os candidatos a outros cargos, a militância e os eleitores se preparem para esta situação e não sejam pegos de surpresa. E se esta é a opção, a prudência recomenda que se indague quais seriam as suas consequências. Uma das consequências previsíveis seria a despotencialização eleitoral do partido, com um aumento das dificuldades para eleger deputados, senadores e governadores. O PT não poderia ocupar o espaço de TV e rádio destinado à propaganda presidencial. Deixaria, inclusive, de ocupar esse espaço para denunciar o golpe, defender a liberdade de Lula, um programa para o país etc.
A palavra de ordem “Lula ou nada”, estimulada por setores da direção do PT vem gerando uma militância despolitizada, sectária, religiosa, agressiva, assemelhada à militância radical de direita, cujo único argumento é a ofensa contra aqueles que não concordam com ela. A partir de uma senha “Ciro não passa no PT nem com reza brava”, essa militância, incluindo alguns analistas, se dedica mais a atacar Ciro Gomes do que a atacar o governo, a direita, Bolsonaro, o PSDB e o centrão. Parte dessa militância volta também seu sectarismo contra Guilherme Boulos e Manuela D'Ávila, sugerindo que fazem o jogo da direita ou que são esquerdistas inconsequentes, cobrando uma coerência que passa longe do próprio PT.
Essa arrogância tacanha e irresponsável pode comover ânimos desolados e ressentidos, mas pouco ajuda a tarefa de defender a democracia, combater o golpe e enfrentar os neofascistas. Que direito têm essa arrogância de cobrar coerência dos outros? Ou o PT não se aliou a uma horda de partidos golpistas, com Michel Temer à frente? Ou o PT não está se aliando, agora, em 15 ou 16 estados, com partidos golpistas, a exemplo do PSD, PPS, MDB, PRB, PP etc.? As direções petistas têm seus motivos para fazer essas alianças, mas não se pode cobrar coerência dos outros quando não se tem coerência em casa. Critica-se Ciro por querer colocar um empresário como vice na chapa. Mas Lula não teve José Alencar, um dos maiores empresários do país? O que há de pior do que Temer?
A manutenção da candidatura Lula até o fim ou até uma decisão da Justiça Eleitoral deve implicar na consciência de que o PT caminhará sozinho nessa empreitada, mesmo que venha substituir Lula na reta final da campanha. É uma escolha que precisa ser respeitada, assim como precisam ser respeitadas as candidaturas de Ciro, Boulos e Manuela. É preciso respeitar essas candidaturas em nome da coerência, da responsabilidade e da ética, pois o campo progressista precisa fortalecer a frente democrática na luta contra o golpe e contra o fascismo, criando a perspectiva da unidade no segundo turno.
Quem coloca os interesses do povo acima dos interesses partidários precisa entender que o campo progressista não deve sair enfraquecido nas urnas, pois isto representaria o aprofundamento do caráter antissocial e antinacional do golpe. Atacar os candidatos do campo progressista significa fazer o jogo do conservadorismo, um jogo contra os interesses do povo. Cabe perguntar: o PT deve estar a serviço do povo ou de si mesmo? O sacrifício de Lula, preso injustamente, deve ser instrumento de luta a serviço do povo ou a serviço da cúpula do PT? A direção do PT não tem o direito de interditar o debate legítimo interno em nome de um argumento constrangedor: “quem quer debater alternativas é traidor de Lula”. A luta pela liberdade de Lula não pode ser instrumentalizada para fins dos conflitos e dos interesses internos o PT.
Lula vinha fazendo críticas autocrítica dos erros do PT desde 2014. José Dirceu, dois dias antes de ser preso novamente, fez autocrítica em entrevista à Rede Brasil Atual. Mesmo que parcial, foi uma autocrítica significativa. Não é possível que os mandarins da burocracia partidária continuem olímpicos no pedestal da arrogância, distribuindo éditos e sentenças condenatórias contra aliados, estimulando o destempero agressor daqueles que não têm argumentos.
Setores petistas, visando sobreviver politicamente, agora criaram uma tática ilusionista: radicalismo verbal na exigência da liberdade de Lula e inconsequência e imobilidade na prática. Ou não é verdade que desde a condenação de Lula em 25 de janeiro até sua prisão, em 7 de abril, não houve nenhuma mobilização significativa para defender o presidente? Ou não é verdade que desde a prisão de Lula, excetuando-se o ato de São Bernardo e a vigília em Curitiba, não há uma mobilização para a libertação de Lula? Parecem acreditar numa luz mística salvadora: os 35% das intenções de voto no presidente. Mas para que essas intenções se tornem algo concreto é preciso superar impasses terríveis e fazer mediações corretas com a realidade para que as intenções de voto não sejam apenas ilusões a fugir entre os dedos. Causa estupefação que os argentinos se manifestem nas praças pedindo a libertação de Lula e que no Brasil não aconteça nada parecido.
Os militantes e simpatizantes do PT precisam encarar a realidade, a verdade efetiva das coisas:
1) o PT não tem força para mobilizar milhões de pessoas para exigir e possibilitar a libertação de Lula;
2) o Judiciário não libertará Lula antes das eleições e é improvável que o liberte no curto prazo;
3) em que pese existirem brechas jurídicas, é improvável que o TSE aceite a inscrição da candidatura Lula, mesmo que sub judice. A tática do PT precisa responder e indicar caminhos a essas questões ou será uma tática que vende ilusões para comprar derrotas.

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Standard & Poor's rebaixou nota do Reino Unido de "AAA" para "AA" após Brexit!

(Reuters) - A agência de classificação de risco Standard & Poor's cortou nesta segunda-feira a nota soberana do Reino Unido em dois degraus, para "AA" ante "AAA", e alertou que pode reduzi-la ainda mais após os britânicos votarem pela saída da União Europeia (UE) na semana passada.

"A perspectiva negativa reflete o risco às expectativas econômicas, ao desempenho fiscal e externo, e ao papel da libra como moeda de reserva, assim como riscos à integridade constitucional e econômica do Reino Unido caso haja outro referendo sobre a independência escocesa", disse a S&P.

A S&P era a única das principais agências de classificação de risco que mantinha o rating AAA para o Reino Unido.
(Por Andy Bruce)

Preso, Ricardo Magro - suspeito de desviar recursos do POSTALIS

247 - O empresário Ricardo Magro, ex-advogado de Eduardo Cunha, se entregou à Polícia Federal nesta segunda-feira 27, no âmbito da Operação Recomeço, da qual é um dos alvos.

Considerado foragido desde sexta-feira 24, Magro é suspeito de desviar recursos dos fundos de pensão da Petrobras (Petros) e dos Correios (Postalis), em um esquema que pode ter alcançado R$ 90 milhões. Ele é sócio do Grupo Galileo Educacional.

Também se entregou outro investigado, o ex-diretor do Grupo Galileo Carlos Alberto Peregrino da Silva.

Leia mais sobre a operação na reportagem da Agência Brasil de sexta-feira:

Operação Recomeço prende três envolvidos em desvios de fundos de pensão

Akemi Nitahara – A Operação Recomeço, deflagrada hoje (24) pela Polícia Federal (PF) em parceria com o Ministério Público Federal, prendeu três pessoas suspeitas de envolvimento em desvios de recursos dos fundos de pensão Petros (da Petrobras) e Postalis (dos Correios). Os desvios podem chegar a R$ 90 milhões.

Segundo a investigação, o esquema foi montado pela Galileo Educacional, que arrecadou cerca de R$ 100 milhões por meio da compra de debêntures (títulos mobiliários), com o objetivo de recuperar a Universidade Gama Filho, no Rio. Quando o Grupo Galileo quebrou, cerca de R$ 90 milhões foram desviados.

Os presos até o momento foram Adilson Florêncio da Costa, ex-diretor financeiro do Postalis, Roberto Roland Rodrigues da Silva Jr., que auxiliou na estruturação da operação do grupo Galileo, e Paulo César Prado Ferreira da Gama, um dos donos da Gama Filho. Ainda há mandados de prisão em aberto para os então sócios do Grupo Galileo Márcio André Mendes Costa, Ricardo Andrade Magro e Carlos Alberto Peregrino da Silva e para um dos donos da Gama Filho, Luiz Alfredo da Gama Botafogo Muniz. Caso não sejam encontrados, podem ser considerados foragidos.

As investigações começaram em 2013, motivadas pela situação dos alunos da Universidade Gama Filho, que foi descredenciada pelo Ministério da Educação no início de 2014, após a crise financeira que se agravou na instituição em 2013. Os crimes investigados são de gestão fraudulenta, desvio de recurso de instituição financeira, associação criminosa e negociação de títulos sem garantia suficiente. Ao todo, 46 pessoas podem estar envolvidas e foi decretado o bloqueio de bens no total de R$ 1,35 bilhão.

Segundo o delegado-chefe da Delegacia de Repressão aos Crimes Financeiros (Delecorp/RJ), Tacio Muzzi, é possível afirmar que a intenção inicial do Grupo Galileo ao emitir as debêntures foi o de desviar os recursos. "A Galileu estava com interesse em adquirir a Universidade Gama Filho, que tinha problemas financeiros. Para haver o aporte de capitais, foi criada o braço Galileu SPE para fazer essa captação. Fez a emissão de debêntures e os principais investidores foram o Postalis e o Petros, num total de R$ 100 milhões. Mas a universidade 'quebrou' e esses recursos não foram investidos como era a destinação, boa parte foram desviados em proveito das pessoas relacionadas à Galileu e à Universidade Gama Filho".

A emissão das debêntures ocorreu em dezembro de 2010 e os aportes foram feitos até setembro de 2011. Segundo o procurador da República Paulo Gomes, R$ 25 milhões vieram da Petros, R$ 3 milhões do Banco Mercantil e o restante da Postalis. Segundo ele, a Galileu chegou a pagar uma parte para os investidores, mas o grupo quebrou e R$ 90 milhões foram perdidos. Ele diz que as investigações feitas pela Câmara dos Deputados complementaram os trabalhos da Polícia Federal e do Ministério Público Federal.

"Há investigação também dos dirigentes da Petros na época dos fatos. Essas informações são todas de conhecimento público e constam no relatório final da CPI dos Fundos de Pensão, de abril de 2016. O capítulo 6 trata justamente dessa possível fraude envolvendo as debêntures da Galileu".

Ainda há diligência em curso para cumprir um total de 12 mandados de busca e apreensão. Segundo o delegado Muzzi, o objetivo agora é reaver os valores para que os fundos atingidos possam ser reconstituídos em benefício de seus associados, os trabalhadores que contribuem para o Postalis e o Petros.

Em nota, a Petros informou que vem colaborando e seguirá colaborando com as autoridades. "Caso venha a ser comprovada qualquer ilegalidade, as medidas cabíveis serão tomadas no sentido de responsabilizar os eventuais envolvidos e recuperar os recursos", diz a nota.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

A trama da velha mídia na última semana da campanha eleitoral


A caminho de ver suas maldosas intenções derrotadas através do voto no próximo domingo, especialmente a rede Globo e os velhos jornalões reservaram como principal assunto da semana não apenas as emoções normais da última semana de uma campanha eleitoral, mas pautaram também o resultado do julgamento da Ação 470 que eu chamo de tentativa de golpe político.



A velha mídia irá montar um picadeiro com o resultado final da Ação Penal 470 para confundir a opinião pública e tentar influir nos resultados, até agora, positivos que indicam a vitória eleitoral do PT, já confirmada no primeiro turno e com sinais claros de se consolidar no segundo turno.
Neste fim de semana, acompanhei de perto os noticiários de rádio, televisão e jornal e não tenho dúvida que vão tentar armar algumas tramas nessa última semana da campanha.
Articulistas e colunistas de meios de comunicação de forma vergonhosa tiveram a petulância de emitir opiniões sobre que penas deveriam ser impostas aos principais réus da Ação 470, especialmente os petistas, e que encaminhamentos deveriam ser dados após a declaração dessas penas. Assim, tentam influir na decisão do veredicto final
É claro o intuito de tentar transformar o resultado da suprema corte num escândalo político em relação ao governo Lula e ao PT. A nós, filiados do partido, cabe ocupar todos os espaços possíveis e reagir com toda a nossa força à tentativa de linchamento do PT e suas lideranças por parte da velha mídia. Da mesma forma, nos cabe assegurar os resultados obtidos pelos nossos candidatos, até o momento, evitar o salto alto e ampliar os apoios, sobretudo dos eleitores indecisos. Esta é a nossa função primordial para alcançar a grande vitória nesses últimos seis dias de campanha,
Confio na habilidade política de cada petista, no sentido de formar uma grande rede comunicante durante toda a semana, através de caminhadas, carreatas, panfletagens e ocupação total das redes sociais. 
ATÉ DOMINGO E ATÉ A VITÓRIA!
Francisco Rocha da Silva, o Rochinha, é membro do Diretório Nacional do PT

Artigo: O PT e os teimosos fatos, por Elvino Bohn Gass

Um dos bons debates que se trava no Brasil atual diz respeito ao comportamento dos grandes veículos de comunicação. Discussão que só não se amplia porque é interditada por quem mais poderia se beneficiar dela, a própria mídia. Em alguns países, contudo, esta contenda fez nascer mecanismos de controle público tão positivos que, recentemente, grandes conglomerados de mídia fecharam suas portas porque, simplesmente, não cumpriam o dever de informar.

Se a imprensa trabalha com fatos, é adequado que a analisemos a partir daquilo que deveria ser sua matéria-prima: os fatos. A eles, então:

Matéria-prima:
Dias antes do primeiro turno da eleição municipal, o colunista Josias de Souza, da Folha de São Paulo, afirmava: “...Serra e Haddad subestimaram Russomano; custaram a perceber que ele era mais do que se havia imaginado…”.
O fato: Russomano ficou fora do segundo turno. Para ficar no mesmo verbo, a Folha subestimou os vencedores do primeiro turno.

No jornal Estado de São Paulo, Dora Kramer sentenciava: “...Lula não é mais aquele, sua liderança se esvai e sua influência míngua…” O mesmo Estadão, em editorial do dia 30 de setembro, sob o sugestivo título “Lula está definhando?” via o seguinte cenário:  “...o esfarelamento petista nas eleições municipais, resultante da mão pesada de Lula…” E no Globo, Merval Pereira previa: “...a mais complicada eleição paulistana pode acabar deixando de fora da disputa Fernando Haddad, o candidato que o ex-presidente tirou do bolso de seu colete, outrora considerado milagreiro. Terá sido a primeira vez em que o PT não disputará o segundo turno na capital paulista, derrota capaz de quebrar o encanto que se criou em torno das qualidades quase mágicas do líder operário tornado presidente…”

Tivemos, também, Cláudio Humberto, categórico: “...apadrinhado de Lula, Haddad esperava atropelar Serra com a entrada da presidente Dilma e de Marta Suplicy na campanha. Deu chabu…” e “...o comando petista acha que Haddad empacou porque o escândalo do mensalão virou campeão de audiência no horário eleitoral gratuito…”. Mais: Marco Antonio Villa garantia: “...o grande perdedor é o Lula. Até agora, ele fracassou em suas principais movimentações. Se a candidata fosse Marta Suplicy em São Paulo, ela estaria no segundo turno…”

O fato: 
O candidato de Lula na maior cidade do país, São Paulo, começou a corrida eleitoral com 2% nas pesquisas, nunca havia disputado uma eleição e era desconhecido de boa parte da população. Lula o tomou pela mão e saiu pelas ruas de São Paulo. Haddad recebeu 1 milhão e 700 mil votos, foi para o segundo turno e as pesquisas, agora, o apontam como favorito com 47% das intenções de voto.

De novo:
O Estadão. Duas semanas antes da eleição, José Roberto Toledo prenunciava: “...um resultado possível a sair das urnas é o PT, desgastado pelas condenações do mensalão, perder espaço nas capitais…” De novo, o Globo. Na semana que antecedeu o pleito Ricardo Noblat lançava enquete para saber os motivos pelos quais “...pesquisas mostram o PT fraco nas capitais…” Nestes jornalões, ganharam destaque, ainda, as falas de João Ubaldo Ribeiro “...ele [Lula] insistirá e talvez ainda o vejamos perder outra eleição em São Paulo. Não a do Haddad, que aparentemente já perdeu….” e de Fernando Gabeira “...ao longo de minhas viagens observei que o mensalão não havia afetado as eleições municipais. Mas o processo está em curso. Algumas cidades já estão afetadas, como São Paulo e Curitiba. Nesta ocorre algo bastante irônico: o candidato Gustavo Fruet (PDT) é acusado de ter o apoio do PT e por isso perde votos…”
Sentiu falta de Veja? Ei-la no twitter: “...derrocada do PT e disputas acirradas marcam eleições…”

O fato:
O PT saiu da eleição como o campeão absoluto em número de votos:  17 milhões e 300 mil, quase um milhão a mais do que em 2008, quando fez 16 milhões e 500 mil. E das cidades onde há segundo turno, o PT foi o partido que mais obteve vitórias – 8 (oito) – seguido pelo PSDB e PSB que obtiveram 5 (cinco) cada um. Tomando-se apenas as Capitais, incluindo São Paulo com Haddad, o Partido dos Trabalhadores venceu numa e está no segundo turno em outras sete. A propósito, Fruet está no segundo turno em Curitiba.

A esta imprensa cuja bola de cristal só projeta o que diminui o PT, sempre sobrará o recurso de lançar mão do velho ditado “Cabeça de juiz, fralda de bebê e urna, reservam sempre uma surpresa”. Sejamos honestos: não é este o caso. Até porque, premida, agora, pela realidade dos fatos (ah, os teimosos fatos…) a mesma imprensa nos apresenta manchetes do tipo: “PT resiste a ataques sobre mensalão e reacende força de Lula nas eleições” ou “Peso do mensalão nesta eleição foi próximo de zero” ou ainda “PMDB é campeão em número de prefeitos, PT vence em total de votos”.

Para Luís Nassif, tudo isto compõe “um retrato que seria-cômico-se-não-fosse-trágico de ‘especialistas` que não conseguem entender seu país e seu povo, porque não têm o menor interesse em fazê-lo – só em participar do jogo político, da maneira mais escancarada possível.”

Já o historiador inglês Timothy Garton Ash, em seu livro “Os fatos são subversivos”, afirma que se o parlamento britânico soubesse a verdade (os fatos) sobre o Iraque – que o país de Saddam não possuía armas nucleares - muito provavelmente não teria autorizado o governo da Inglaterra a juntar forças com os Estados Unidos para aquela invasão genocida.

Nassif está corretíssimo. Mas penso que a formulação de Ash, por ser tão cínica quanto boa parte de nossa imprensa, é ainda mais adequada para a análise das previsões catastróficas sobre o desempenho do PT na eleição. Nenhuma delas se realizou porque o povo não pensa e não sente como a imprensa. Mas não se assuste se, na vã tentativa de se justificar, você acabe por ler algo que tente nos fazer crer que os fatos é que são subversivos.

Bohn Gass é deputado federal pelo RS e Secretário Nacional Agrário do PT

Artigo: O PT e a obstinada preferência nacional - Por Padre Ton


Todos os institutos de pesquisa atestam: o PT é o partido de preferência nacional da população brasileira, uma referência que muito explica o sucesso de 17 milhões de votos recebidos no primeiro turno de 2012, colocando-o em primeiro lugar na quantidade de votos totais dos partidos, mas setores conservadores ignoram essa realidade e parte dos analistas da imprensa graúda, ao fazer avaliação sombria sobre o desempenho da legenda nas eleições, “esquece” o vínculo que o partido, em 30 anos de vida, forjou com parcela importante do eleitorado brasileiro.

Em 2010, o Ibope apontou que 29% da população brasileira tem preferência ou simpatia pelo Partido dos Trabalhadores. Pesquisa mais recente do Vox Populi revela que 48% dos entrevistados - em âmbito nacional - simpatizam com algum partido, e desses 80% nominaram três: PT com 28%; PMDB com 6% e PSDB com 5%.  São os três mais influentes no quadro partidário brasileiro, mas o nosso partido, cabe sublinhar,  agiganta-se perante o número dos outros dois.

Essa diferença que a cada processo eleitoral torna-se mais sólida é reveladora do quanto existe uma identidade construída pelo PT desde suas origens com o eleitorado, que na pesquisa do Vox Populi revela ser um capital político inexistente em outras siglas.

É uma identidade profundamente associada à defesa da igualdade de gênero; da agricultura familiar; pelo fim do preconceito e da discriminação de classes, cor e sexo; pela redução da pobreza;  pela justa distribuição de renda; em defesa da pluralidade política e igualdade social. E ao chegar no governo central o PT manteve-se fiel a essas bandeiras, disseminando no território nacional políticas correspondentes aos princípios que o destacam na vida partidária nacional.                

Essa identidade, que se reafirma a cada eleição, mesmo com as crises que se abateram sobre o partido e suas históricas lideranças, é responsável pela avaliação altamente positiva que recebe o PT. 74% dos entrevistados pelo Vox Populi o consideram um partido moderno; 70% entendem que “tem compromisso com os pobres” e 66% afirmam que “busca atender ao interesse da maioria da população.”  

Os governos populares do Presidente Lula e agora da Presidenta Dilma sem dúvida contribuem para essa avaliação.  Afinal, milhões de brasileiros deixaram a pobreza, ingressando em classe social emergente, como o é o próprio Brasil, que se destaca no mundo pelo bem-sucedido programa de transferência de renda, pela vigilante presença do Estado nas áreas estratégicas da economia nacional e pela adoção de políticas públicas que intentam com sucesso a redução das desigualdades sociais.

A obstinada preferência nacional pelo PT é responsável pela eleição de 624 prefeitos no dia 7 de outubro, 12% a mais do que o pleito de 2008. O crescimento ocorreu também em 2006, ano seguinte à crise desencadeada na própria base de governo, e que a imprensa batizou de mensalão. Isso, volto a frisar, a despeito de todas as previsões e apostas negativas feitas pelos adversários de nosso partido.

O PT cresce não apenas ampliando a presença de prefeitos e prefeitas no país, mas também legisladores e legisladoras em todos os parlamentos municipais, fortalecendo o sistema democrático brasileiro com representantes de qualidade intelectual e ética, atuantes, de origem popular, dedicados às causas dos brasileiros que anseiam pela continuidade das políticas transformadoras, deixando definitivamente para trás um tempo, esse sim sombrio, de desemprego e corte nos investimentos sociais.    

Padre Ton é deputado federal pelo PT-Rondônia)

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

A luta continua!

À luta, companheiros!

Faltando 25 dias para o primeiro turno das eleições municipais, os remanescentes da velha UDN sem povo, ancorados pelas vestais de uma mídia criminosa e antidemocrática, apostam todas as suas fichas na judicialização do processo político e nos ataques ao projeto popular do PT, semeando por todo lado mentira, a calúnia e a desfaçatez.

Os muitos resultados positivos do governo petista – primeiro com Lula, agora com Dilma – aparecem na chamada grande imprensa sempre acompanhados de ressalvas (“mas”, “porém”, “contudo”), com o claro objetivo de diminuir ou mesmo negar os avanços do país nos últimos 10 anos.

No momento em que se vislumbra o crescimento da economia no segundo semestre, a mídia prefere enfatizar a queda em relação ao mesmo período do ano passado. Quando se projeta o crescimento do PIB, as aves de agouro falavam em “pressão inflacionária”. Quando o assunto é crescimento da renda, do crédito e do consumo, a turma do contra torce pela inadimplência. O crescimento constante da oferta de emprego com carteira assinada é visto como “estagnação do crescimento do emprego”.

É um trabalho voltado exclusivamente para aterrorizar a população, desacreditar o governo e prejudicar o PT.

Estimulam a discórdia, alimentam fofocas, inventam crises. Durante o governo Lula, passaram oito anos difundindo a tese absurda de que o presidente e o PT não se entendiam. Agora tentam criar um ambiente de cizânia entre Lula e a presidenta Dilma, como se ambos não fizessem parte do mesmo projeto e do mesmo partido, como se as diferenças de estilo, na gestão, fossem suficientes para fazer deles adversários na política.

Para essa gente, nada pode dar certo. Nada deve dar certo.

Medidas de extrema importância, como os investimentos de R$ 70 bilhões em estradas e rodovias e a redução nas contas de luz da população e das empresas, irão esbarrar na “burocracia” e na “ineficiência” do Estado, dizem eles, esquecendo-se, claro, que recebemos deles – de seus representantes – um estado falido, corrupto e mal administrado.

Nada falam sobre os grandes escândalos de um passado recente, como a compra de votos para a reeleição de FHC. Esquecem que são responsáveis pelo caos dos portos e aeroportos. Esquecem dos escândalos das malditas privatizações, em que espoliaram o patrimônio do povo brasileiro. Nada falam sobre subserviente dependência do Brasil ao jugo do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial. Esquecem de falar sobre o lastimável apagão elétrico. Fogem da discussão sobre a recuperação do poder de compra dos trabalhadores no governo do PT. Ignoram o resgate de 40 milhões de brasileiros da miséria, já que sempre apostaram nas desigualdades regionais como forma de manter o “apartheid brasileiro” entre o Sudeste e o Nordeste.

Agora, quando o cidadão brasileiro se prepara mais uma vez para fazer suas opções democráticas, essa mídia sem votos manipula escandalosamente o noticiário, esconde as campanhas do PT, omite informações, distorce os fatos e tenta, de todas as maneiras, ganhar as eleições na marra. A judicialização da política é apenas o mais recente lance desse jogo sujo.

Mas atenção: só vale chamar a Justiça para intervir no processo se for contra o PT. Qualquer absolvição de um petista, do mais simples ao mais graduado, mesmo que por varias instâncias e muitas vezes até por unanimidade, o resultado é visto sempre como “favorecimento”, “armação”, “manobra”. Basta ver a pressão que fizeram e fazem contra os ministros do STF Ricardo Lewandowsk e Dias Tóffoli, tidos como “amigos” do PT.

E aqui entramos num ponto crucial, aquele que a Justiça chama de “Ação Penal 470”, que as vestais chamam de “mensalão” e que eu chamo de TENTATIVA DE GOLPE POLÍTICO.

Neste capítulo, é sintomático que a mais alta corte do país tenha acatado uma ação, talvez pela primeira vez na história, sem dar aos réus, especialmente aqueles que não têm fórum privilegiado, o direito de ampla defesa em outras instâncias da Justiça, conforme garante a Constituição brasileira.

É bom lembrar que, no caso do chamado “mensalão mineiro”, o STF acatou a denúncia apenas contra o senador Eduardo Azeredo, ex-presidente do PSDB nacional. Os demais citados foram remetidos para a justiça de Minas Gerais. E existe o caso mais recente do ex-senador Demóstenes Torres (do ex-PFL), cujo processo, pelo fato de ele ter sido cassado, saiu do STF e foi para a justiça goiana.

Mais: na análise do Supremo sobre a AP 470, não se faz a menor distinção sobre as responsabilidades, as co-responsabilidades ou a não-responsabilidade dos réus. Explico: como o julgamento está sendo político, todos estão sendo imputados criminalmente sem levar em consideração os diferentes contextos.

Mais ainda: nunca vi ou presenciei na história desse país um julgamento em que, à falta de provas técnicas, as interpretações de caráter estritamente político tenham sido suficientes para condenar alguém judicialmente.

Os que agora clamam por sangue, os que defendem a condenação a qualquer preço, os que apóiam e estimulam o linchamento público, parecem se esquecer de que os procedimentos adotados pelo STF no julgamento do “mensalão” servirão de parâmetro para todas as demais instâncias da justiça brasileira. O que está em jogo não é apenas a cabeça dos 38 réus da Ação Penal 470. O que está em jogo são os direitos civis de cada um dos cidadãos deste país, arduamente conquistados pelas lutas de muitas e muitas gerações.

Para a mídia golpista, sem povo e sem voto, nada disso importa. Tudo o que eles querem é manchar a história o PT e principalmente a figura do ex-ministro de José Dirceu, por tudo o que ele representou e representa nas conquistas recentes da esquerda brasileira.

Petistas e não petistas, fiquemos em alerta. O ódio caminha junto com a sede de vingança política. Mas não passarão. Como gosta de dizer o ex-presidente Lula, temos as costas calejadas. Já enfrentamos e vencemos batalhas muito piores. Já enfrentamos e derrubamos uma ditadura. Não deixaremos que outra se instale.

Digo e repito: O PARTIDO DOS TRABALHADORES NÃO ACEITA CANGA. NÃO SE INTIMIDA NEM ANTES NEM DEPOIS DO PRIMEIRO GRITO.

O PT está enraizado em todos os recantos deste país. Dos grandes centros às áreas rurais e vilarejos, sempre haverá um petista para erguer a bandeira vermelha do partido. Estamos do lado do povo e temos o povo ao nosso lado.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Fotos da fundação da FENAHTECT





Fundação da FENAHTECT


Representantes de Associações Habitacionais dos Trabalhadores dos Correios do país inteiro se unem para  fundar Federação Nacional que ajudará os ecetis na luta por moradia digna!

Brasília/DF, 31 de março de 2012.

Nesse sábado, 31 de março, realizou-se em Brasília o Encontro das Cooperativas Nacionais de Habitação dos Correios e, em Assembleia Geral Estatutária, fundou a FENAHTECT.


Esse blog saúda os colegas que trabalharam de maneira séria, empenhados na construção da FENAHTECT, organizada com vistas a ampliar as oportunidades de ofertas de moradia digna e melhorar as condições de vida dos trabalhadores e trabalhadoras ecetista no país inteiro.

Após muitos debates, a assembleia elegeu, por aclamação, a primeira Diretoria da FENAHTECT, que tem nos companheiros Pedro Binotte - Presidente, e Paulo Machado - Vice-Presidente e os colegas Marcus Vinícius Marques Lopes e Carlos Alberto Lima Conceição, ambos da HABITECT-BA, como membros da Diretoria da FENAHTECT. Todos se comprometeram e asumiram o compromisso de levar adiante esse desafio que é a consolidação da FEDERAÇÃO DAS COOPERATIVAS HABITACIONAIS, em todos os recantos do Brasil.

Pelo que conhecemos e acreditamos nesses companheiros, entendemos que os mesmos tem e sabem empregar a garra e a determinação necessária para tocar esse projeto que conta com a expectativa de muitos trabalhadores(as) em atingir o sonho da casa própria.

Eu, Ferrer também fui convocado a essa tarefa e participarei da FENAHTECT, na função de fiscalização, no Conselho Fiscal da entidade.
 

sexta-feira, 6 de maio de 2011